Passar a Páscoa em casa é meio bizarro.
Desde que me conheço nunca passei uma Páscoa sem ir ao Norte.
Mas este ano foi diferente.
O mundo celebrou a Páscoa “fechado”. É curioso como algo que vimos nas notícias e pensávamos tão longínquo, abalou o mundo inteiro.
Esta situação que vivemos faz-nos relativizar, olhar em redor e dar importância ao que realmente importa.
Faz-nos agradecer. Agradecer por aqueles que lutam por nós, pelos nossos, por aqueles que vivem no nosso lar mas também nos faz pedir. Pedir por todos os que estão longe mas que não deixam de nos acompanhar dentro do peito.
Cá por casa foi sem dúvida um ano diferente. Quando se tem família grande é estranho haver festa e estarem só 4 à mesa. Mas não importa. Importa que estamos todos bem, cada núcleo nas suas casas e que estamos ligados, pelo coração e pelas novas tecnologias.
Além disso, somos uma família de sorrisos, de pensamento positivo e de copo meio cheio. E temos os melhores pais do mundo. Pais que este ano nos organizaram uma caça ao tesouro/ovo que trouxe a nostalgia da infância e proporcionou boas risadas logo pela manhã.
A mãe decorou a casa. Cozinhámos juntos, cada um fez um doce à escolha. Decidimos juntos o nosso menu. Vestimos-nos como se fôssemos sair e colocámos uma mesa bonita, lá fora, no sol e no ar puro.
Lembrámos-nos de Jesus, da sua ressurreição e do verdadeiro significado da Páscoa e comemos. Degustamos as iguarias que confeccionámos com um bom copo de vinho. E rimos. Jogámos dardos, falámos alto. Trocámos de roupa e voltámos para o sofá, juntos.
Lá se passou a Páscoa 2020, sem dúvida ficará nas nossas memórias.
Espero que estejam bem aí desse lado. Estamos juntos.
Bisous,
Marina Véronique 🌈
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